Os professores da rede municipal que trabalham com o projeto Galera Curtição tiveram hoje (16) a segunda formação para desenvolverem a segunda tarefa com os seus alunos. E o tema não podia ser mais polêmico: masculinidade tóxica. “Se fala de feminismo e violência contra as mulheres, mas não se olha a origem do problema. Temos a construção da masculinidade tóxica, com conceitos avessos: homem não pode chorar; homem é violento; homem não é sensível. Noventa e dois por cento do público do sistema prisional é do sexo masculino, sendo destes, 95% condenados por mortes violentas”, destaca a Fernanda La Cruz, da equipe de comunicação do Galera Curtição.
Depois de um vídeo, os professores puderam expressar como o tema é visto pelos estudantes. Algumas destas escolas estão trabalhando também com outro projeto, o Escola da Inteligência, no qual os alunos são motivados a falarem dos seus sentimentos. Abusos, violência, baixa autoestima, relacionamentos tóxicos, machismo, cultura da violência como afirmação entre os colegas, são alguns temas que entraram em pauta.
Ao final do encontro, Fernanda lançou a segunda tarefa, a qual os estudantes terão até o dia 6 de novembro para entregar. Os professores levantarão essa discussão sobre masculinidade tóxica em sala de aula e os estudantes deverão produzir um vídeo curto abordando o tema. São cerca de 4.800 alunos do 6º ao 9º anos e 400 estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) que participam do Galera Curtição 2019. O programa de auditório, tão esperado pelas escolas, será realizado de 4 a 8 de novembro.