Considerada como a doença do século, a obesidade cresce a cada dia no Estado. A correria do dia a dia, o estresse, a falta de tempo, os fast foods, congelados, churrascos... tudo junto contribui para o ganho de peso. Viamão iniciou hoje a discussão sobre o tema e as ações que podem ser tomadas.
A iniciativa foi da Secretaria da Saúde, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, com a participação da Associação Brasileira de Apoio aos Obesos e Bariátricos. O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Samuel Severo, falou que é o início de uma longa jornada, com mudanças nas leis e construção de projetos para o município.
A presidente da Associação Brasileira de Apoio aos Obesos e Bariátricos, doutora Jussara Tessele, mencionou que a associação é nova e que hoje completa 7 anos. “Temos a preocupação com o pós-bariátrico, porque o pós-operatório requer tratamento multidisciplinar com psicólogo, nutricionista, acompanhamento médico e rotina de exercícios físicos. Se o paciente não faz o acompanhamento, a chance de voltar a engordar é muito grande.”
O cirurgião bariátrico Rodrigo Mariano, da equipe da Santa Casa, explica que a obesidade é uma doença e deve ser tratada como tal. “Ela desencadeia várias outras doenças e devia ter mais autorização de realização do procedimento pelo SUS, pois estaria prevenindo AVCs, infartos e fisioterapias, por exemplo.”
A psicóloga Simone Rodrigues fala dos transtornos alimentares e de como o paciente se vê no espelho. “Na maioria das vezes, o paciente não consegue mudar o pensamento que tinha antes da cirurgia. Ela acredita que se fizer a cirurgia poderá comer de tudo sem engordar. É preciso estar consciente de que vai ter que mudar o seu padrão de vida e ter acompanhamento médico, psicológico e nutricional por longos anos.”