Na tarde da segunda-feira, 25 de novembro, Viamão recebeu a XI Jornada Estadual Contra Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. O tema desta edição foi "Violência e Exploração Sexual nesta rede não entram, com foco na prevenção, proteção, denúncia e punição de abusos sexuais infanto juvenis em grandes eventos, visando a Copa do Mundo de 2014.
A Jornada aconteceu no auditório da Centro de Formação Profissional Walter Graf e a abertura oficial contou com a presença do prefeito Valdir Bonatto; do secretário da Justiça e dos Direitos Humanos do Estado, Fabiano Pereira; da secretária de Cidadania e Assistência Social, Belamar Pinheiro; da presidente do Conselho Viamonense dos Direitos da Criança e do Adolescente (COVIDICA), Dilva Ávila da Silva e Conselho Tutelar, Francisco Mariano.
O prefeito ressaltou a relevância do tema da XI Jornada. É muito importante que a rede de atendimento dialogue sobre as nossas responsabilidades como agentes. O momento é importante para capacitar e fortalecer essa rede de atendimento, buscando alternativas para construir políticas públicas que garantam a prevenção e a proteção das nossas crianças, disse Bonatto.
O secretário Fabiano Pereira falou que o número de denúncias nos casos de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes tem aumentado no Estado. Segundo ele, em 2003, quando começou a jornada, eram cerca de três denúncias por dia. Atualmente, são 10 casos por dia nas delegacias, ou seja, a cada duas horas e meia uma criança é abusada no RS - dados registrados na polícia.
A secretária de Cidadania falou sobre a importância da união entre a rede de atendimento e os diversos serviços de proteção. Encontros como este proporcionam o fortalecimento de nossos agentes com o objetivo de qualificar ainda mais o atendimento referente a proteção das crianças e dos adolescente, ressaltou Belamar
A presidente do Covidica solicitou que seja implantado no município um Centro de Referência de Atendimento Infantojuvenil (Crai). Atualmente, apenas Porto Alegre possui um Crai, o que dificulta o acesso e o atendimento, segundo Dilva, pois há muitos casos para serem atendidos. O Crai presta atendimento à crianças e adolescentes vítimas de violência e é composto por uma equipe formada por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, pediatras, ginecologistas, advogados e policiais civis.
Além de contribuir para a discussão da articulação entre as diferentes redes de atendimentos, a jornada contou com a palestra Os reflexos dos megaeventos nas comunidades, ministrada pela representante do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Mariza Alberton. Após, a advogada e especialista em Estatuto da Criança e do Adolescente Bianca Garibaldi falou sobre o legado de uma cidade após grandes eventos e por último, a responsável pelo Centro de Referência de Atendimento Infantojuvenil (CRAI), Eliana Soares, comandou a construção do Protocolo Estadual.
A Jornada de Enfrentamento foi dirigida aos profissionais do Serviço Social e da Psicologia, da Brigada Militar, da Saúde, da Educação, da Rede de Atendimento de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência, além de Conselheiros Tutelares do município.