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AGO
14
14 AGO 2019
EDUCAÇÃO
“Antes de cada lance, a gente pensa pra valer”
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Já dizia Paulinho Nogueira, na música Jogo de Xadrez, “Antes de cada lance a gente pensa pra valer, eu quero ver/ Eu vou dar um xeque-mate em você./ É o peão que sai na frente/ Canta o jogo e manda ver/ Abre caminho pro bispo/ Faz a torre se mexer/ Mas é só no tabuleiro/ Que é chegada a minha vez/ Eu queria que tudo fosse/ Como um jogo de xadrez!”

 

Que bom seria transformar vidas a partir de um tabuleiro de xadrez. Mas sabe que isso é possível? Há quatro anos, um projeto que começou nas aulas de matemática, nas turmas de 9º ano, da escola Dom Diogo de Souza, no Valença, hoje comemora uma mudança significativa na vida de cada um dos seus 701 alunos.  Desde 2017, ela faz parte do grupo de escolas inovadoras Aurora e o xadrez está inserido no seu Projeto Político Pedagógico (PPP), integrando estudantes do Jardim I ao 9º ano.

“Hoje nossos alunos estão motivados, com perspectiva de continuar os estudos e fazerem novos projetos de vida. Eles conseguem analisar uma situação, traçar estratégias, visualizar possibilidades e enfrentar os problemas da melhor forma possível. Assim são nos estudos e em suas vidas pessoais”, comemora o professor de matemática Bruno Régio, quem iniciou o projeto em 2015.

Outro ponto positivo é a integração dos alunos, família e escola. “As famílias notaram a mudança de comportamento dos seus filhos, que agora não faltam mais às aulas e participam de campeonatos aos sábados. Temos muitas mães engajadas no projeto e passam tranqüilidade para as demais. Dia 19 de setembro vamos disputar o Campeonato Brasileiro de Xadrez Escolar, com ranking internacional para disputar o Campeonato Sulamericano de Xadrez Escolar, e vamos levar 22 estudantes com idades entre sete e 16 anos, para participarmos do maior número possível de categorias. Muitos deles viajando sozinhos pela primeira vez e de avião. Os pais têm que confiarem muito na escola para permitir isso”, explica a diretora da Dom Diogo, Márcia Roldão.

Evolução

Márcia conta que em 2016, quando entrou na escola e assumiu a direção, o xadrez se tornou Projeto. A escola apresentava baixo índice de aprendizagem em matemática e havia 50% de evasão dos alunos. “Desafiamos o professor Bruno a incluir no currículo o xadrez, como conteúdo e, atualmente, todos os professores trabalham xadrez em suas aulas. Passamos de 424 alunos, em 2016, para 701 estudantes matriculados em 2019. Outro registro é o aumento do Ideb de 3,8, para 5,0. É muito enriquecedor ver o crescimento pessoal de cada aluno. Todos tiveram que providenciar a Carteira de Identidade e o CPF para poder viajar de avião. Isso mexe com a autoestima deles. Antes de participarem dos campeonatos, a maioria dos nossos alunos sequer conhecia Porto Alegre. Hoje, a perspectiva é sair vitoriosos e poder conhecer outro país”, ressalta a diretora.

O mais jovem de todos os estudantes que embarcarão para Juiz de Fora (MG) é Peterson Conceição, com 7 anos, do 2º ano. Peterson vai seguir os passos do seu irmão, Pierre Conceição, 14 anos, do 8º ano, que participa dos campeonatos junto com a escola. Peterson gosta de disputar partidas de xadrez e a cada dia que passa se interessa mais.

A menina prodígio é Gislaine Zancanaro, com 10 anos, e no 5º ano. Ela está competindo xadrez há 10 meses e já coleciona 23 medalhas. Destas, mais de 10 são de 1º lugar na categoria. Gislaine logo que começou a competir participou da Copa Brasil de Xadrez Escolar, em Brasília, no ano passado, e conquistou o 6º lugar. “Com o xadrez eu fiz novos amigos, conheci muitas cidades e aprendi a desenvolver estratégias para vencer. Em Minas Gerais espero conseguir vencer os meus adversários.”

O mais experiente é o estudante Alex Bassani, 14 anos, do 8º ano, que participa dos campeonatos há três anos. Já disputou a Copa Brasil duas vezes e coleciona mais de 20 medalhas. Alex conta que o xadrez só contribuiu para o seu crescimento. Mudou a forma de pensar, passou a ter raciocínio rápido e escolher o melhor caminho a seguir. “Nos campeonatos nacionais os torneios são mais difíceis, mas se torna muito mais difícil quando tenho que disputar o título com um colega da escola. Quando estou em casa, costumo intercalar o xadrez com os jogos de videogame.”

Marcos Vinícius dos Santos, 13 anos, está no 8º ano e fala que seu projeto de vida é ser Grande Mestre no Xadrez. No Brasil, hoje, de acordo com o professor Bruno Régio, só 13 pessoas são GM no Xadrez. “Eu me divirto competindo, faço novos amigos e agora vou viajar de avião pela primeira vez. Era muito agitado e agora estou conseguindo ser mais calmo, mais concentrado e menos ansioso. O xadrez está abrindo a minha mente e dando novas perspectivas. Até em casa a relação com a minha mãe mudou e ela está me apoiando mais, confiando mais em mim.”

Maleta

A novidade nesta viagem, conta a diretora, é o engajamento em outros projetos, como o Aula Digital, no qual a escola recebeu uma maleta da Fundação Telefônica Vivo com 34 tabletes e roteador para conexão. “No dia 19 estaremos embarcando para Minas com esta maleta para fazer um intensivo durante a viagem. Somos um time e vamos agir como os jogadores de futebol agem antes de uma partida, fazendo muito treino e preparo para vencer o adversário. Vai ser a primeira vez que uma escola inserida no Aula Digital viajará com uma maleta. Esse é um dos propósitos do Aula Digital, fazer a aula acontecer em qualquer lugar”, finaliza Márcia Roldão.

Outro projeto que a escola também está engajada é o Escola da Inteligência, que está ajudando muito os estudantes e professores a lidarem com suas emoções. “Num campeonato, as emoções estão à flor da pele, mas é preciso saber administrá-las muito bem para não cometer desatenção e entregar uma partida”, conclui o professor Bruno Régio.

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