A Semana Missioneira foi aberta oficialmente nessa quinta-feira, dia 19, no Ginásio Municipal de Viamão. O evento reuniu diferentes vertentes da cultura gaúcha e, em especial, do povo missioneiro, além de celebrar o Dia do Índio, 19 de abril, e o Dia do Tropeirismo, 20 de abril.
A festividade foi agraciada com as presenças e apresentações do cantor missioneiro Adelar Saraiva, de Tainá Baldez que declamou o poema “Herança Missioneira em Viamão”, e da tribo indígena “Mbiá-Guarani”, do Cantagalo, que expôs seu artesanto e seu cacique, Jaime Vherá Guirá, falou das forças do povo indígena.“O Dia do Índio não sé só hoje, é todo os dias. Nós temos reivindicações, mas entendemos que a parceria é a melhor maneira de solucionar os problemas de qualquer povo, sendo da cidade ou nativo”, falou o cacique Jaime.
O convidado homenageado foi o tropeiro Narcizo Fraga de Fraga por sua representação notória entre o movimento cultural do Tropeirismo. “O tropeiro tem de gostar do gado e do cavalo. Não adianta ele dizer que é tropeiro, se não sabe lidar direito com a criação. Quem não cuida da criação, acaba perdendo o gado”, explica seu Narcizo.
Além das atrações culturais, o público pôde resgatar informações históricas dos povos Guarani-Missioneiros, através da palestra de Emiliano Limberger, historiador e coordenador do Instituto Pró Memória Sepé Tiarajú, do Projeto Semana Missioneira (Lei Estadual nº 13.579/2010) com o apoio do Centro Cultural Sampaio. Para reforçar o viés histórico do Rio Grande do Sul, o professor e diretor do Museu Municipal, Francisco Bitencourt, palestrou sobre os costumes e as rotinas diárias do tropeiro, que partia do Rio Grande do Sul até o interior de São Paulo.
Segundo o Secretário da Cultura, Luciano Alves, contar com a presença dos alunos da EEEM Setembrina e da comunidade local nessa celebração é fomentar as origens de Viamão também. “Conseguimos unir o Tropeirismo com o Índio nesse contexto missioneiro. Não tenho como descrever nossa satisfação em levar aos jovens a história dos índios missioneiros e do tropeirismo, que desempenhou papel fundamental para o nosso comércio e economia, antigamente. Devemos manter a chama acesa”, relata o secretário Luciano.
No final da festividade os convidados fizeram o plantio de sete mudas de Erva-Mate simbolizando os Sete Povos das Missões.