Durante esta quinta-feira, dia 18 de maio, acontece o 1º Seminário Municipal de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Com o tema: Faça Bonito: Proteja nossas crianças e adolescentes, o evento aconteceu no auditório Walter Graf.
De acordo com a coordenadora do evento, a conselheira Tutelar, Marcia Camargo, o 1º Seminário teve por objetivo mobilizar, sensibilizar e convocar a sociedade para proteger a população infanto-juvenil dos crimes sexuais. “Também apresentaremos políticas afirmativas para garantias de direitos das crianças e adolescentes”, explica Marcia.
O secretário de Educação fala da importância do tema: “Temos que esclarecer e fazer com que as crianças não se calem e saibam como denunciar e acabar com a situação. Temos que informar e empoderar as pessoas que trabalham com as crianças para que possam dar um encaminhamento correto, pois dados comprovam que os abusos começam dentro do seio familiar. Somos nós quem fazemos a sociedade que queremos”, reforça Bennech.
Para Maria Rita Cardozo a rede de atendimento é forte: “Estamos aqui para mudar esta realidade, buscando apoio no trabalho do outro. O futuro será melhor se melhorarmos o presente. Temos feito a diferença como gestão pública, unindo esforços com o cidadão. Quanto mais nos mobilizarmos, mais unidos estaremos nesta luta”, fala Rita.
Durante todo dia foram discutidas políticas e ações para inibir e coibir o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O seminário teve a participação do Ministério Público, do Colegiado Nacional dos Conselheiros Tutelares, da Delegacia da Mulher, além da apresentação da Banda de Lata da EMEF Podalírio, dança de rua do Novo Lar e da oficina de ballet.
Em sua palestra, Julio Fontoura, do Fórum Colegiado Nacional dos conselheiros tutelares diz ser de extrema importância denunciar todo o tipo de violência: “Não podemos mais nos calar, não podemos mais ver a vizinha sendo espancada e fechar a porta de casa, não podemos fingir que não está acontecendo nada”. A cada 3 minutos uma criança sofre abuso sexual. O papel da escola é observar, com um olhar mais crítico, cada criança e saber encaminhar para a rede de atendimento.
Os temas abordados foram: A importância da denúncia Disque 100, A atuação do Ministério Público na Proteção de Crianças e Adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual, Fluxo de atendimento das crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, Exploração e abuso sexual – causas e enfrentamentos e Trabalhando a sexualidade dentro da instituição de acolhimento e a Violência Sexual – sinais e consequências.
Em 2016, foram atendidos e acompanhados 149 casos de abuso ou exploração sexual.