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Nesta semana as escolas não tiveram alunos, pois iniciou o recesso escolar. Nas carteiras, os professores e os técnicos administrativos, ávidos por novos desafios. A Secretaria Municipal da Educação (SME) trouxe para esta edição da Jornada temas atuais e instigantes para que os professores pudessem aperfeiçoar suas práticas pedagógicas em sala de aula e planejarem o segundo semestre.

A Jornada Pedagógica e Administrativa aconteceu na primeira semana das férias escolares, nos dias 19, 20 e 21 de julho, e teve temas específicos para a educação infantil, ensino fundamental I, ensino fundamental II, educadores físicos, educação de jovens e adultos, educação inclusiva e sustentabilidade administrativa.

O professor e ator, Silvionê Chaves, explicou os seis conceitos básicos de linguagem práticas, que buscam contagiar o coração do aluno: o subtexto, que está na imaginação de quem faz a leitura; a pausa lógica, que é a pausa usual de leitura; a pausa psicológica, que dá sentido e emoção ao texto; a entonação, que busca melhorar a pronuncia para quem escuta; a palavra destaque, que dá enfoque a uma palavra na frase; e, o ritmo, que busca deixar mais harmonioso o contexto. Chaves explica que o professor deve ler muitas vezes um conto, de forma que saiba interpretar ao aluno, transmitindo emoção. 

Gabriel Perissé faz um comparativo entre a idade média e a idade mídia, mostrando os avanços tecnológicos que aconteceram no período e levando em conta que atualmente o mundo está menos humanizado. “Hoje as coisas estão mais rápidas e a sensibilidade, mais aflorada”, fala Perissé. O professor apresentou maneiras de bloquear o uso do celular em sala de aula e incluir a tecnologia para ser usada à favor da educação, através de pesquisas, jogos, etc.

Já o mestre em línguas, mágico e ator, Eric Chartiot, passou para os professores técnicas de controle de atenção para sala de aula. “É preciso sair da zona de conforto para ver e experimentar as coisas por outros ângulos”, ressalta. “Sair da rotina, inserir o elemento surpresa, atiçar a curiosidade, são formas de atrair a atenção e despertar o interesse do aluno para sala de aula”, conclui.

O Doutor em Ciências da Educação, Max Haetinger, fala sobre a nova escola, o novo aluno e os desafios do professor. O Doutor destaca que a tecnologia está ao alcance de todos e que não pode ser ignorada. "O aluno de hoje tem todas as informações num clique. Com isso, o educador não é mais o detentor do conhecimento, e sim o mediador das informações." Haetinger fala que o professor deve conhecer os seus alunos e os seus pontos de interesse para fazer uma analogia com as informações e os conteúdos que quer passar. Outra dica importante é descontrair as aulas, visto que pesquisas comprovam que as pessoas mudam seus pontos de interesse a cada 30-40 minutos.

O jornalista, filósofo e educador Adriano Nogueira exibiu um vídeo sobre a história de Thomas Edison, no qual o aluno recebeu uma carta para entregar à sua mãe, de expulsão da escola, por não se adaptar ao ensino. A mãe de Thomas, por sua vez, disse que ele era especial e muito inteligente e que a escola já não tinha mais o que ensinar e que a partir daquele momento seria ela a encarregada disso. "Diferente do ensino tradicional da escola, sua mãe passou todos os conteúdos de forma que Edison compreendesse, potencializando seus pontos fortes", fala Nogueira, solicitando que os professores conversassem sobre isso ao longo do período.

O último dia de Jornada reuniu todos os participantes dos eventos em um único local para a palestra com o professor de pós graduação dos cursos de gestão empresarial, recursos humanos, psicomotricidade e psicopedagogia, Fabiano Brum. O show de abertura foi com o grupo Vocal 5, relembrando músicas do passado. Tocando guitarra ou violão, Brum falou que o sucesso é o resultado de muito trabalho. "As pessoas são reconhecidas pelo que fazem ou pelo que transmitem aos outros. Todo mundo sabe o que tem que fazer, mas as pessoas não fazem ou protelam, porque dá trabalho", explica. E ao final deixa como pensamento que o professor é a sua marca pessoal e o aluno deve ser visto como cliente. "Imagine, Crie, Faça Diferente", conclui Brum.

Para a professora da EMEF Luciana de Abreu, Eliane Menegotti, a Jornada Pedagógica é muito importante. "É o momento que temos para parar, planejar, refletir e trocar experiências para aplicarmos no segundo semestre." O professor de educação física, Jerônimo Kawata, da EMEF São Jorge, relata que a Jornada de Educação Física, evento realizado paralelamente, foi muito interessante na perspectiva de motivar os outros alunos a praticarem os esportes com os alunos com deficiência.

A professora Rosimere Carvalho, da EMEF Vinte de Setembro, adorou os três dias de imersão. "Temos que aprender sempre mais para termos mais para ofecermos aos nossos alunos", finaliza. Já o educador Odoli Ecco, da EMEF Jardim Outeiral (que está inserida no projeto Escolas Inovadoras), disse ter gostado muito. "Nos faz pensar a inovar, a pensar em uma aula mais atraente para os nossos alunos.

Troca de Experiências:

A EMEF Presidente Getúlio Vargas recebeu, na segunda-feira, a visita das escolas: EMEF Pedro Vicente; EMEF Cristiano Vieira da Silva; EMEF Nossa Senhora da Conceição; EMEF Coracy Prates da Veiga; EMEF Jardim Outeiral; EMEF Araçá; e EMEI Stella Virgínia Konrad. Os professores foram conhecer como a Getúlio Vargas está implementado o projeto Arteando no GV, que faz parte do Escolas Inovadoras. A diretora da escola, Carla Bittencourt, explica que a escola está trabalhando a arte como um todo. "O projeto começou a ser implantado no início do ano letivo e já está na sua terceira edição. A Mostra Arteando no GV apresentou os trabalhos desenvolvidos durante o primeiro semestre pelos alunos, baseados em artistas plásticos e outros segmentos." Para que consigam ampliar a visão artística e poder explorar mais as técnicas, todos os professores da escola recebem capacitação da Fundação Vera Chaves Barcelos (FVCB).