Ir para o conteúdo

Prefeitura Municipal Viamão-RS e os cookies: nosso site usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação. Ao continuar você concorda com a nossa Política de Cookies e Privacidade.
ACEITAR
PERSONALIZAR
Política de Cookies e Privacidade
Personalize as suas preferências de cookies.

Clique aqui e consulte nossas políticas.
Cookies necessários
Cookies de estatísticas
SALVAR
Logo
Prefeitura Municipal Viamão-RS
Acompanhe-nos:
Rede Social Facebook
Rede Social Instagram
Notícias
MAI
18
18 MAI 2015
Liderança mundial em educação conhece experiência de Viamão
receba notícias

Na última quarta-feira, dia 13, o município de Viamão recebeu a visita do consultor do Global Education Leaders’ Program (GELP), David Albury, da consultora do LABi, Lyna Malheiros, intérprete, e do especialista em educação, Joseph Harrington. Albury é referência mundial em formação e implementação de estratégias e políticas de transformação e inovação em educação. Eles vieram conhecer pessoalmente o projeto de educação tecnológica – Escolas Rurais Conectadas – desenvolvido em parceria com a Fundação Telefônica/Vivo, na EMEF Zeferino Lopes de Castro, na Pimenta, que foi apresentado ao GELP Mundial no dia 21 de abril, na África do Sul, pela doutoranda em Educação, Maria Clarice de Oliveira. Esta visita se desdobrará em consultorias gratuitas ao município.

 

 

 

A diretora da EMEF Zeferino Lopes de Castro, Rosa Maria Stalivieri, preparou com os alunos uma apresentação de dois projetos selecionados pela comunidade escolar para concorrer ao prêmio Melhores do Ano, em dezembro: placa solar e casa sustentável. Os projetos foram apresentados e explicados pelos alunos. Albury ficou encantado com as crianças, que falavam plenamente sobre o assunto. “Essas crianças não decoraram o assunto e sim aprenderam”, destaca.

 

 

 

A maquete da casa sustentável contou com rampa de acessibilidade, pensada a partir da convivência com um aluno que necessita de cadeira de rodas, calha para recolhimento da água da chuva, cisterna para armazená-la e telhado com grama cultivada em uma base impermeável. Rosa Maria explica que há um dia em que os projetos são compartilhados com os pais e a comunidade em geral e, após a apresentação, o público é convidado a votar, em uma tela interativa, em dois projetos que se destacaram na criatividade e outros dois que se destacaram pela aprendizagem.

 

 

 

Após, as lideranças foram conduzidas até o auditório da Secretaria de Educação para falarem com a equipe de assessoras pedagógicas e membros do Conselho Municipal de Educação sobre suas percepções e opinarem a respeito do projeto de expansão da tecnologia para outras escolas da rede. A doutoranda em Educação, integrante do GELP Brasil, Maria Clarice de Oliveira, foi quem intermediou a visita. Os educadores ficaram muito impressionados com a experiência apresentada por Clarice no encontro do GELP Mundial, realizado entre os dias 20 e 22 de abril, na África do Sul. Clarice viajou a convite do GELP e apresentou o projeto da escola Zeferino Lopes de Castro, desde quando iniciou no Escolas Rurais Conectadas, projeto desenvolvido e executado pela Fundação Telefônica/ Vivo.

 

 

 

Albury disse que agora Viamão tem a missão de expandir o projeto para outras escolas da rede. “É um grande desafio, porque a expansão se dá não só com a inserção de tecnologias, mas com uma proposta de construção do conhecimento a partir das vivências e culturas de cada comunidade.” A secretária interina de Educação, Márcia Culau, explicou que num primeiro momento, 10 escolas serão identificadas e selecionadas a partir de suas iniciativas e interesse em inovar a educação. Depois será feito um trabalho com os professores para que eles tenham o domínio da tecnologia e seus aplicativos.

“O mais legal é que todos conseguem contar a história do processo e todos trabalham juntos. Isso faz com que seja a história deles. Eles se apropriaram do processo e todos trabalham em conjunto, em sintonia. Penso que é desta forma que deve ser iniciada a expansão, com alunos, professores e pais conversando entre si e falando sobre as dificuldades e os desafios superados para construírem o seu processo. O processo tem que nascer e crescer e não ser entregue pronto. O que pode e deve ser feito é contar essa história e os alunos dizerem que a aprendizagem pode ser mais interessante, despertando para que novas histórias surjam e se multipliquem”, acrescenta Albury.

 

 

 

A secretária interina de Educação esclareceu que estão sendo organizadas visitas sensibilizadoras para os professores conhecerem o projeto. “Nessa vivência, os professores da Zeferino contarão como foi o início do processo, a superação das dificuldades e a relação com a tecnologia. Já tivemos uma experiência parecida no ano passado quando promovemos um encontro com troca de experiências entre os professores da EJA e foi muito entusiasmante essa relação”, destaca Márcia.

A discussão em grupo levantou que se faz necessário uma mudança no modelo de ensino atual para estimular os alunos a aprenderem de fato. “Os problemas devem ser identificados e é preciso traçar um objetivo para onde se quer chegar e todos se apoderarem do processo. Mas o mais importante é não copiar soluções e sim criá-las”, finaliza o líder em educação.

 

Saiba mais:

  • O GELP está se configurando como uma rede de gestores e líderes educacionais de governos, institutos e fundações, que apoia, troca melhores práticas, promove reflexões e planeja ações e projetos colaborativamente. O objetivo da rede é de que a educação tenha como foco o desenvolvimento integral do aluno, que aprenderá do seu jeito e no seu ritmo, a partir de experiências educacionais concretas e contextualizadas, promovidas com a coparticipação da sociedade, que assegurem a sua preparação para a vida, o trabalho e a cidadania no sec. XXI.

  • Além de inúmeras reportagens, a experiência da escola Zeferino Lopes de Castro também foi “Destaque Educacional” reconhecido pela Assembleia Legislativa do Estado e Federasul na 20ª edição do Prêmio Líderes e Vencedores, realizado em dezembro de 2014.

 

Entenda mais:

Quando a equipe diretiva da EMEF Zeferino Lopes de Castro, localizada na Pimenta, zona rural de Viamão, se inscreveu no projeto "Escolas Rurais Conectadas", não imaginou a proporção que isso iria resultar. Viamão se enquadrou num projeto inovador da instituição, no qual todas as crianças, funcionários e professores receberam um tablet ou um netbook e a escola, uma rede de fibra ótica com maior velocidade e capacidade de conexão da América do Sul. Uma assessoria técnica e pedagógica foi contratada pela Fundação para acompanhar as transformações.

Em 2013 a parceria foi firmada e os professores foram capacitados para introduzir o novo desafio. A teoria teve que se adaptar à prática. Os professores e funcionários também tiveram que se adaptar. Ao longo do processo houve a necessidade de turno integral para que os objetivos fossem cumpridos. A Secretaria Municipal de Educação não mediu esforços para a sua implementação e concedeu dedicação exclusiva à equipe de professores do Zeferino Lopes de Castro.

 

Projeto-piloto

O projeto-piloto proposto pela Fundação Telefônica passou por duas fases centrais, de acordo com a pesquisa de avaliação feita pela Move – Avaliação e Estratégia em Desenvolvimento Social. A primeira, a experimentação pedagógica, vivida em 2013. E, a segunda, a consolidação de uma proposta com base nas aprendizagens do primeiro ano. O resultado, nunca dimensionado, é uma estrutura pedagógica completamente nova em relação ao período anterior ao projeto. A proposta da Fundação Telefônica era oferecer o uso intensivo de tecnologias a alunos e professores da escola da zona rural, tendo como base práticas inovadoras.

A ideia de substituir “matérias” por “fenômenos” como forma de dividir o conteúdo escolar, que está sendo experimentada como "inovação" pela Finlândia, já faz parte do cotidiano escolar dos alunos da Zeferino Lopes de Castro, em Viamão. Ao contrário do que está acontecendo no país que é referência mundial em educação (Finlândia), a experiência de Viamão não sofreu resistência inicial dos alunos, professores e direção. Conforme aponta a pesquisa, "a resistência inicial foi somente por parte da família, que não estava compreendendo tamanha mudança. Poucos professores optaram por não quebrar paradigmas e pediram transferência de escola. Os que ficaram, abraçaram a nova oportunidade de mudança do modelo tradicional existente", destaca o diretor da Move, Gustavo Valentim.

“Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema, para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900 – mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao Século 21”, afirma Albury.

“Estamos ousando e inovando a didática de ensino. Temos períodos de aula curricular, de projeto, de oficinas, de experimentos e de tecnologia lego. As aulas regulares, ministradas em quatro turnos, são seriadas, mas as demais são multisseriadas, agregadas por interesse. Os projetos são desenvolvidos em seis semanas, a partir de uma atividade disparadora, na qual os alunos visitam um determinado lugar e se inspiram para desenvolver os projetos”, explica a diretora da EMEF Zeferino Lopes de Castro, Rosa Maria Stalivieri.

Os alunos já visitaram diversos locais, como o Museu de Ciência e Tecnologia da Pucrs, a Escola Canadá, escola agrícola que possui produção de leite e agronegócio, entre outros. A partir daí surgiram os temas dos projetos a serem pesquisados, como Arquitetura e Decoração, Rodeio e Doma, Mentes Psicopatas, Foguete, Areia Movediça, Bulimia, Tatuagem, Skate, entre outros.

 

Didática

Todas as semanas, os alunos são reunidos e cada grupo apresenta o que já foi desenvolvido e pesquisado. Por exemplo, o grupo que está estudando arquitetura e decoração recebeu a visita de um arquiteto, morador da região, e de um pedreiro. A partir daí os alunos descobriram a diferença e o ponto em comum do trabalho dos dois profissionais, a diferença e a complementação da arquitetura e da decoração, e como são executados os projetos, os desenhos, as ferramentas usadas através da tecnologia para desenvolver os projetos e fazem da escola um laboratório prático, aprendendo novos saberes e conectando aos conteúdos da grade curricular.

Com a abertura às novas tecnologias digitais, a escola está desenvolvendo a robótica e recebeu kits legos para transformar o virtual no protótipo. Nos próximos dias a escola estará recebendo uma impressora 3D e, com isso, suas maquetes de projetos serão precisas. De acordo com a diretora, objetivo principal deste novo modelo adotado é preparar o aluno para o futuro. “Com a inserção da tecnologia digital e, agora, da robótica, estamos mostrando um novo mundo a ser explorado, no qual eles estão despertando curiosidades e se apropriando de informações para desenvolver projetos reais. Um mundo que até ontem eles sequer sonhavam que existia, pois a realidade da zona rural é outra. Amanhã ele poderá escolher se levará a tecnologia construída por ele para dentro da propriedade da família ou desenvolverá seus projetos para o mundo”, destaca Rosa Maria.

 

Disseminação do projeto:

  • Expansão do projeto para dez escolas da rede municipal;

  • Formação continuada de professores na área de tecnologia;

  • Formação de gestores relacionados à Tecnologia da Informação;

  • Instalação de um Núcleo de Tecnologia dentro da SME;

  • Disponibilização de tablets para todos os professores da rede em 2015;

  • Disponibilização de tablets para as escolas formarem um laboratório móvel, sendo que cada escola deverá receber entre 30 a 100 tablets até o final de 2015, de acordo com o número de alunos;

  • Disponibilização de internet para todas as escolas;

  • Capacitação de secretários escolares para uso de tecnologias.

 

 

 

Seta
Versão do Sistema: 3.4.3 - 10/03/2025
Copyright Instar - 2006-2025. Todos os direitos reservados - Instar Tecnologia Instar Tecnologia