O uso do tablet vem fortalecendo as atividades nas escolas da rede municipal. Desde agosto de 2013, um projeto inovador implantado nas escolas municipais de Viamão tem dado resultado positivo. A secretária de Educação, Marcia Culau, levou as experiências inovadoras de Viamão, que contribuíram para o aumento do interesse dos alunos em estudar. A partir do projeto piloto, realizado em parceria com a Fundação Telefônica/ Vivo, na EMEF Zeferino Lopes de Castro, onde os alunos atendidos estão inseridos na zona rural, tiveram a oportunidade de se conectarem tecnologicamente. Até agosto de 2013, quando iniciou o projeto, tínhamos uma realidade de ensino. A escola seguia o modelo tradicional. Depois de aderir ao projeto tudo mudou. Hoje os alunos são protagonistas das suas dúvidas e buscam soluções para os seus problemas e os problemas da comunidade. Os professores não são mais os detentores do conhecimento e sim um facilitador para que os estudantes busquem opções de soluções aos seus problemas, explicou Márcia.
A partir desse projeto piloto, o município adquiriu 5.000 tablets, que foram distribuídos aos professores, com mais de três mil aplicativos off-line para planejarem suas aulas, e para as escolas, proporcional ao número de alunos, para formarem os seus laboratórios móveis.
Na EMEF Stella Virginia Konrad, localizada no bairro Vila Elza, que atende somente alunos da educação infantil, o uso do tablet, vem sendo utilizado desde 2015. O uso do tablet torna a aula bem mais descontraída. A professora do Jardim 2, Ana Trill, explica que o uso da tecnologia tem sido muito importante, pois explora a início da alfabetização, aos alunos que tem faixa de idade de 4 a 5 anos. Os alunos utilizam aplicativos que destacam o alfabeto, corpo humano, alimentação, jogos pedagógicos, os animais, programas para escrever os nomes, desenhos e pinturas. Em alguns momentos determino o tema a ser pesquisado no tablet, mas em outros deixo a escolha livre. É nesse momento em que os alunos estão utilizando os aplicativos, que conseguimos identificar o que cada um mais gosta de aprender, contou Ana.
Na EMEF Dom Diogo de Souza, localizada no bairro Condado de Valença, os alunos desenvolvem o projeto de Xadrez há três anos, com incentivo do professor de Matemática, Bruno Régio. O objetivo do xadrez é desenvolver o raciocínio, a concentração e a formulação de estratégia dos estudantes. Régio explica que o projeto - que atende atualmente cerca de 100 alunos - é desenvolvido no turno inverso ao das aulas (juntamente com a Robótica) e, além disso, o jogo está inserido no currículo escolar, durante as aulas de Matemática, com alunos do 7º ao 9º ano, aliados aostablets.
Os alunos do 9° ano são os pioneiros no uso do xadrez, participam da atividade desde o 7° ano. A aluna Rafaela Anchieta explica que jogar xadrez no tablet, ajuda na matemática. O xadrez ajuda na previsão do futuro, faz a pessoa pensar bem mais a frente, vamos levar para a vida, ajuda no contato com o próximo, pensamos antes de agir. Para o aluno Luis Fernando Rosa, o xadrez ajuda a exercitar a mente, com suas táticas, aprendendo novas formas de agilidade. No tablet além do xadrez, fazemos uso do dicionário de inglês, de ciências, com a anatomia humana. Nós do 9° ano vamos deixar o legado na escola para os alunos das outras turmas. Ensinamos os alunos menores a jogar o xadrez, e agora no tablet, finalizou Fernando.
Na EMEF José de Oliveira Ramos, localizada em Águas Claras, além de ajudar no processo pedagógico, segundo a professora do 5° anos, Maria Guilhermina dos Santos, o uso do tablet auxilia na assimilação do conteúdo. A troca de experiência é grande, pois já leciono há 35 anos, e tive que aprender junto com os alunos a utilizar os novos recursos que a tecnologia provém. Hoje pesquiso em casa conteúdos, e trago aos alunos para que eles realizem a leitura e produção de texto, assim eles executam a atividade e logo me enviam no tablet mesmo, por Bluetooth para correção, finalizou Maria Guilhermina.