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Escolas inovadoras quebram muros (reais e invisíveis), dão voz às crianças, querem os pais e a comunidade por perto, repassam responsabilidades aos pequenos e dão importância ao pensar e ao argumentar em vez da repetição e exposição de conteúdo. Nessas escolas, o professor desce do tablado para mediar os alunos na construção do conhecimento e a brincadeira se torna a melhor forma de aprender para a vida. Em escolas inovadoras, ir para a aula deixa de ser “um saco” e torna-se um compromisso. Os professores estão em constante movimento, buscando novos desafios e bons exemplos de inovação pelo país.

Assim, professores de escolas públicas que estão inovando no Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco, chegam a Viamão na próxima sexta-feira, dia 4, para participarem do 6º Encontro de Escolas Inovadoras, que será realizado na Fazenda Pedagógica Quinta da Estância. O encontro é promovido pela Fundação Telefônica/ Vivo e a rede municipal de Viamão participará com suas nove escolas inovadoras: EMEF Zeferino Lopes de Castro (Pimenta); EMEF Presidente Getúlio Vargas (Florescente); EMEF Felisberto da Costa Nunes (Itapuã); EMEF Frei Pacífico (Itapuã); EMEF Jardim Outeiral; EMEF Santa Isabel; EMEF São Jorge; EMEI Cisne Branco (São Lucas); e EMEF Jerônimo Porto (Passo D'Areia).

No sábado pela manhã, as escolas conhecerão de perto como a EMEF Zeferino Lopes de Castro, inserida na zona rural, consegue ser exemplo de inovação. A Zeferino faz parte do projeto da Fundação Telefônica/Vivo – Escolas Rurais Conectadas, desde agosto de 2013. Os professores participarão da 3ª Mostra de Projetos 2016, que tem como inspiração a saída disparadora para o Hospital Colônia Itapuã, local onde hoje residem pacientes internados no século passado com hanseníase e transtornos mentais, esquecidos pelos familiares. De acordo com a diretora da EMEF Zeferino Lopes de Castro, Rosa Maria Stalivieri, os alunos desenvolveram projetos tecnológicos, históricos e sobre a doença.

A escola Zeferino passou por uma grande transformação depois de receber um laboratório do programa Escolas Rurais Conectadas, que visa qualificar a aprendizagem dos estudantes e ampliar suas perspectivas de futuro, ao favorecer o desenvolvimento de competências do século 21 com foco em comunicação, colaboração, pensamento crítico e criativo, resolução de problemas, fluência digital, autonomia e pensamento lógico-matemático. Os professores trabalham com projetos de aprendizagem, sem a tradicional divisão em anos escolares. O aluno formula perguntas, busca respostas e elabora teorias explicativas para temas que o mobilizam, sempre apoiado pelo professor, que alia à função de especialista os papéis de orientador e ativador da aprendizagem. Semanalmente, há apresentação de resultados parciais dos projetos para toda a escola, visando à troca de ideias. Cada rodada completa de projetos tem a duração de 45 dias. Também desenvolve Momentos de Ensino de Conceitos, em que os alunos são distribuídos em turmas, de acordo com o ano que frequentam, para a aprendizagem de conteúdos e conceitos estruturantes das diferentes áreas do conhecimento.