O curso Comida de Rua, uma parceria entre a Prefeitura, Sebrae e Sesi, desenvolvido em dois módulos, com aulas teóricas e práticas, chegou ao fim na manhã desta quarta-feira, dia 17. A qualificação, que iniciou dia 2 de junho, foi destinada a pessoas que produzem alimentos e os vendem na rua.
A partir de uma pesquisa realizada pelo Sebrae, que apontou que cerca de 60% das microempresas não permanecem ativas por mais de um ano, devido a problemas relativos à gestão, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Turismo (SMDEICT) firmou parceria com o Sebrae e o Sesi para qualificar os microempresários que estão iniciando no ramo alimentício, bem como àqueles que vendem comida na rua. Abrir uma empresa hoje é muito fácil, difícil é saber administrar e prosperar, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Turismo, Túlio Souza.
Formação
O Comida de Rua teve a carga horária total de 36 horas, com 19 horas teóricas, ministradas por consultores do Sebrae, de 2 a 10 de junho, e 20 horas práticas, ministradas por profissionais do Sesi Cozinha Brasil, de 11 a 17 de junho. De acordo com o diretor de Economia Solidária, Otomar Ferreira Filho, a capacitação orientou o pequeno empresário a trabalhar em conformidade com a legislação sanitária. Agora o microempresário sabe manipular e higienizar os alimentos, fornecendo um alimento seguro do ponto de vista microbiológico, além de melhorar o resultado de seu negócio, encerra Ferreira Filho.
Módulo SEI
Os consultores do Sebrae ministraram as seis oficinas de gestão do módulo SEI Sei Controlar meu Dinheiro, SEI Empreender, SEI Vender, SEI Planejar, SEI Comprar e SEI Unir Forças.
Módulo Cozinha Brasil
A nutricionista Márcia Flores, do Sesi, foi quem ministrou a oficina do Cozinha Brasil durante os cinco dias. Boas práticas, higienização, manipulação e elaboração de receitas rápidas com a utilização integral dos alimentos foram alguns temas trabalhados. Muitos destes alunos estão iniciando no ramo alimentar e ocupam a cozinha da casa para confeccionar os seus produtos. Orientamos que reservem um horário para preparar o alimento da venda diferente do horário do alimento de consumo, utilizando todas as orientações de boas práticas que aprenderam, utilizando os alimentos de forma integral, enriquecendo os nutrientes do produto, explica Márcia.
A dona de casa Neseli Lima, 63 anos, quer aumentar sua renda e investir na confecção de alimentos congelados e salgadinhos de festa. Gosto de cozinhar e agora aprendi como aproveitar melhor os alimentos. Estou disposta a iniciar uma empresa ou fazer parte de uma cooperativa.
Já Estelamar Souza, 45 anos, que vende churrasquinho em frente à empresa Viamão, com seu esposo, pensa alto. Ela formalizou sua empresa quando a Prefeitura oportunizou que uma unidade móvel do Sebrae estivesse no Calçadão Tapir Rocha, nos dias 4, 5 e 6 de maio. Participou dos módulos teóricos SEI e agora se diz preparada para ampliar os negócios e investir em uma panquecaria. Agora sei como administrar uma empresa e como ser mais competitiva no mercado. O conhecimento, com certeza, faz a diferença, destaca.