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Na semana em que comemora-se o Dia do Professor, apresentamos uma iniciativa dos docentes da EMEF Monteiro Lobato, localizada na Helenita, que conseguiu aumentar o rendimento escolar, a curiosidade e o vocabulário dos alunos.

Era recesso escolar, em julho, época em que os alunos entram em férias e os professores recebem formação pedagógica, trocam experiências e buscam soluções conjuntas para melhorar o ensino em cada escola. Os docentes fizeram uma reunião de classe, onde discutiam o rendimento escolar das turmas e buscavam uma solução para aumentar o interesse dos alunos pelo estudo. Eis que surgiu, então, a ideia de promover uma competição saudável, onde quem vence é quem busca mais conhecimento. “Foi assim que surgiu o Soletrando, mas com um diferencial, o envolvimento de todos os professores, de todas as disciplinas, e de todos os alunos da escola”, explica a diretora da instituição, Fabíola Bocelli. A diretora conta que no início os alunos não se interessaram, mas ao irem passando pelas etapas, a mobilização foi total.

O Soletrando foi conduzido pela coordenadora pedagógica Magda Mello e pelas professoras de português, Suelena de Barros e Nívea Jacques, e envolveu todas as disciplinas, com base na leitura, do 1º ao 9º ano. “Cada professor organizou um polígrafo para que seus alunos estudassem e passou para a comissão uma seleção de palavras a serem sorteadas, com os seus respectivos significados para contextualização do aluno, se fosse necessário”, detalha Magda.

Fabíola ressalta que a competição iniciou em agosto, logo após o recesso escolar, e foi dividida por etapas, sendo a final realizada dia 9 de outubro. Na primeira etapa, todos participavam e, de cada turma, saíam três alunos. Na segunda etapa, era selecionado apenas um aluno por turma. E, na terceira e última etapa, os alunos do 1º ao 5º competiram por ano. Os finalistas receberam medalhas e mimos doados pelo comércio. E, do 6º ao 9º ano, os alunos competiam integrados. A grande vencedora foi a aluna do 9º ano, Náthali da Silva, que recebeu como prêmio um tablet, comprado através de rateio entre os professores.

De acordo com a professora de português Suelena, os alunos se sentiram integrados na disputa e foram instigados a conhecer as palavras que não faziam parte dos seus vocabulários cotidianos. “Foi muito bom ver o engajamento de todos. Na final, todos os alunos participaram e torciam para que os representantes de suas turmas fossem os vitoriosos. A autoestima de todos aumentou a medida que eles se sentiam capazes. Neste projeto, trabalhamos valores, respeito, cooperação e superação”, destaca.

A aluna Náthali conta que ficou animada com o projeto e dá a receita que usou para vencer na prova: ler muito. Só neste ano, Náthali já leu seis livros. Atualmente está lendo “Cidade dos Ossos”, da autora Cassandra Clare. “É um romance de ficção juvenil que se passa em Nova Iorque. Sempre tive o hábito de ler e quando não sei o significado de uma palavra, pesquiso.” Esse hábito também é cultivado pelos estudantes Handrey Soares, 9 anos, vencedor do 3º ano, e Domênico Vottório, 9 anos, vencedor do 4º ano. “Toda sexta-feira vou até à biblioteca da escola e retiro uma obra para ler”, ressalta Handrey.

Fabíola comemora o sucesso do projeto e já faz planos para a próxima edição, que deverá acontecer no próximo ano. “Eu e todos os professores estamos realizados. Alcançamos nosso objetivo de instigar os alunos ao estudo e a acrescentar novas palavras ao vocabulário. Agradeço a todos que colaboraram para o sucesso do Soletrando, principalmente para os pais por incentivarem seus filhos”, encerra a diretora.

Vencedores do I Soletrando:

1º ano – Pietra Ludwig;

2º ano – Ana Carolina Correa;

3º ano – Handrey Soares;

4º ano – Domênico Vottório;

5º ano – Lucas campos;

6º ao 9º anos – Náthali da Silva.

Saiba mais:

– O projeto Soletrando visa conscientizar a criança da importância da escrita correta, como meio para ampliar seu conhecimento, facilitar sua comunicação e formar a base para o próprio processo de aprendizagem, através de uma competição saudável.

– As palavras são sorteadas e o aluno tem que soletrá-las corretamente, com acentuação. Se a palavra tiver duas formas de escrever, o aluno pode solicitar a contextualização. Um exemplo é a palavra concerto, que pode ser escrita com “C”, significando um espetáculo musical, ou com “S”, significando o reparo de um material.

– O Soletrando é nacionalmente conhecido através do programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo, onde os competidores são estudantes da rede pública de ensino.