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DEZ
07
07 DEZ 2019
Moda pensada para dar autonomia às pessoas com deficiência
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Vocês se lembram da publicação que realizamos dia 4 de julho, solicitando curtidas e compartilhamentos para que a nossa Lelê pudesse representar Viamão e desfilar na passarela do 7º Prêmio de Moda Inclusiva Brasil Sul, em Florianópolis? Pois a Lelê foi escolhida e o desfile aconteceu no último final de semana. 
A Lelê (Maria Letícia Schütz Cardoso), de 14 anos, tem uma lesão cerebral, problemas cognitivos, não lê e nem escreve. A questão da inclusão e autonomia para se vestir e fazer atividades rotineiras sempre foi uma busca da família. Quando teve a oportunidade, Eliane Patrícia Schutz Cardoso, mãe da Lelê, não pensou duas vezes e lançou a campanha para que sua filha pudesse desfilar roupas inclusivas e mostrar que todos podem fazer mais.

 

Moda Inclusiva
A moda inclusiva é confeccionada para pessoas com algum tipo de deficiência. O seu principal objetivo é simplificar o ato de se vestir, levando em conta as necessidades físicas e psicológicas de cada indivíduo, sem abrir mão do conforto, do design e do estilo. “A Lelê faz sua higiene e se veste sozinha. Gosta de roupas confortáveis”, conta Eliane. 
A estilista Maitê Miranda, de Erechim, se inspira nas mulheres gaúchas para a sua coleção. Foi ela quem confeccionou a roupa que Lelê desfilou. O seu diferencial foi trocar o fecho por velcro. “As roupas inclusivas são confeccionadas com o objetivo de facilitar na hora de vestir. Então eu usei velcro nas laterais da blusa e do shorte, para que ela pudesse se vestir sozinha. Pensei num modelo bem jovial para ela poder ir em baladas ou em festas. Usei cetim com bordado na blusa.  O que encontramos no mercado para pessoas com deficiência ou com redução de mobilidade são peças mais tradicionais, mas as pessoas, conforme pesquisa que fiz, querem se sentir na moda, confortáveis, bonitas e confiantes”, explica.
O idealizador e organizador do 7º Prêmio da Moda Inclusiva Brasil Sul, Cláudio Rio, conta que a ideia de fazer um evento voltado para a moda inclusiva surgiu quando desenvolvia um projeto para a Prefeitura de São José, na grande Florianópolis. “Parte das mulheres que procuravam as oficinas, tinha restrição de movimentos e tinham interesse pela moda. Procurei informação da existência de algum projeto e soube do Concurso de moda Inclusiva, desenvolvido pelo Governo de São Paulo. Em Santa Catarina, um dos maiores polos têxteis do país, ainda não havia esta preocupação, mesmo que com 21,9 % da sua população com deficiência.  Foi aí que resolvi montar o projeto”, explica
As roupas adaptadas para PCD, são criadas e produzidas para o desfile, pelos estudantes de moda da região sul do Brasil. Elas são personalizadas em função da deficiência do modelo. A moda inclusiva não é encontrada em lojas, a pronta entrega. Ela é confeccionada conforme a necessidade do usuário. Cláudio conta que o evento lançou muitos estilistas que hoje estão trabalhando focados na moda inclusiva.
A moda inclusiva busca inovar na criação de suas peças. Essas mudanças permitem a criação de um design diferenciado e muitas vezes exclusivo, de acordo com as necessidades de cada indivíduo. Entre as inovações da moda inclusiva estão a substituição de botões por zíper, velcro ou ímã e o deslocamento de costuras. Além disso, a inclusão de bolsos em lugares estratégicos e a inserção de elástico em calças jeans, entre outras adaptações, visam oferecer praticidade e conforto a quem usa.
Confira algumas características de roupas para pessoas com deficiência:
– Camisas sociais com fechamento em velcro. Os botões continuam na roupa, apenas para enfeite;
– Camisa com manga comprida destacável por velcro. Assim, não é preciso uma grande movimentação caso haja necessidade de substituir a peça;
– Bermuda com tecido antibacteriano e aplicação de bolsa interna para armazenar sonda de alívio para pessoas com dificuldade de reter a urina, além de abertura lateral em zíper puxado por argola, que facilita o ato de abrir a peça;
– Técnicas de costura em alto-relevo para estímulo do desenvolvimento tátil;
– Decotes com velcro para facilitar a passagem da cabeça;
– Além da adaptação das peças, alguns itens são essenciais para dar suporte ao vestuário e atender as necessidades dos usuários, como a adoção de etiquetas em braile, que informam o tamanho e as cores das peças;
– Mudança dos lugares dos bolsos nas calças, normalmente incluídos na parte traseira da peça, procedimento que inviabiliza a utilização do item pelos cadeirantes;
– Calça jeans e legging com elástico na parte de trás, caso haja a necessidade de usar fraldas;
– Porta-almofada nas costas para maior conforto aos cadeirantes.
Saiba mais:
– De acordo com o último censo realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, cerca de 45,6 milhões de brasileiros (23,9% da população) possuíam alguma deficiência. A deficiência pode ser classificada como física, visual, mental, auditiva ou múltipla, quando existe a associação de duas ou mais deficiências. 

 

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