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SET
02
02 SET 2016
Escolas Inovadoras pactuam entre si e definem os desafios para avançar
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São oito escolas municipais que foram desafiadas a inovar. Oito escolas da rede que querem encontrar novas maneiras de fazer algo que já é feito há muito tempo, sempre do mesmo jeito. Oito escolas de Viamão que querem fazer a diferença na vida do aluno, na família e até mesmo na comunidade. Mas como isso pode ser feito? De acordo com o mediador Juliano Bittencourt, da Hard Fun Studios, empresa que está assessorando a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Fundação Telefônica/ Vivo no desafio, não há uma receita pronta “senão não seria inovação”.

 

 

 

“As escolas precisam esclarecer para que querem inovar, identificar os desafios e as estratégias para superá-los e, assim, chegar ao resultado esperado. Parece fácil, mas não é. Primeiro, é preciso criar uma cultura de inovação e o que isso representa para cada escola. Mas é necessário que todos abracem a ideia e sejam protagonistas do movimento – direção, professores, alunos e pais. Todos têm que vestir a camiseta e contribuir”, destaca. Para estimulá-los, a assessoria pedagógica da SME propôs uma dinâmica na qual todos tinham que escrever uma palavra que simbolizasse uma qualidade a contribuir. As palavras foram escritas em um papel com forma de camiseta e penduradas num varal.

 

 

 

A escola pioneira do processo de inovação no município, a EMEF Zeferino Lopes de Castro, localizada na Pimenta (zona rural de Viamão), também participou da capacitação. Apesar de estar inserida no processo desde agosto de 2013, a inovação é constante e os objetivos também são dinâmicos. “A mudança é inevitável. Não há acomodação e nem um jeito certo ou errado. O que pode funcionar para um grupo, não funciona para o outro. Hoje, nosso objetivo é inserir os novos alunos e as suas famílias no processo”, explica a diretora da Zeferino Lopes de Castro, Rosa Maria Stalivieri, que viajou para São Paulo, pela Fundação Telefônica/ Vivo, para conhecer a escola inovadora Presidente Campos Salles.

 

 

 

Para a secretária de Educação, Marcia Culau, o objetivo do projeto é qualificar a educação e proporcionar mais perspectiva ao estudante, constantemente. “É fazê-lo protagonista da sua história, buscando soluções para resolver os seus problemas. Inovar não é, necessariamente, ter acesso à tecnologia, mas quebrar padrões do ensino tradicional. É preparar o estudante para trabalhar em equipe, é prepará-lo para fazer escolhas, para resolver problemas, vencer desafios, enfim, é prepará-lo para a vida.”

Inovar

O sistema educacional atual, não só no Rio Grande do Sul, ou no Brasil, mas em todo mundo, está arcaico e pouco atraente para os jovens e as crianças. O padrão utilizado no século passado, pouco avançou. Antes, tínhamos poucos meios de comunicação e a velocidade da informação vinha a passos lentos. Hoje, o mundo todo está conectado, recebendo informações instantâneas. Mas o que torna uma escola inovadora? O que permite que acompanhe a velocidade da sociedade, as mudanças profundas pelas quais o mundo passa e ajude a criar soluções novas para os problemas que se apresentam?

Para o aluno Victor Matheus Iansen, 17 anos, estudante do 9º ano da EMEF Zeferino Lopes de Castro, localizada na zona rural de Viamão, que vive a inovação há três anos, o processo mudou o seu modo de ser e ver o mundo. O jovem se considerava tímido, desinteressado e pouco se relacionava com os colegas e professores. Depois da inserção no projeto “Escolas Rurais Conectadas”, da Fundação Telefônica/ Vivo, a qual disponibilizou a maior velocidade da rede de fibra ótica do país, e conectou estudantes, alunos e professores, um mundo de possibilidades se abriu aos pés de Victor. “Hoje me vejo outra pessoa. Integrado, desinibido e com muitos conhecimentos. Quase todos os projetos que participei foram destaques pela comunidade por criar soluções para os problemas vividos diariamente por eles, como o cocho eletrônico, que é programado para disponibilizar ração e água aos animais”, explica. No próximo ano, Victor vai trocar a zona rural pela cidade grande. Planeja ir morar na Capital para trabalhar e cursar o ensino médio. Depois, quer cursar a faculdade de veterinária para seguir ajudando a família.

 

 

 

O mediador Juliano Bittencourt, da Hard Fun Studios, ressalta que Victor é um exemplo do processo de inovação. “Victor Matheus, reconstruiu seu papel na escola e tornou-se mais autônomo, mais proativo, corresponsável pelo seu percurso de aprendizagem, pavimentando coletivamente seu caminho educativo. Acreditamos que há muitas formas inusitadas de aprender ou de ensinar. O papel do professor passa a ser reconfigurado, e ele se torna pesquisador, articulador e facilitador de processos de aprendizagem, exercendo papel fundamental de tutoria de alunos. Mas como fazer isso? Não há receita. É um aprendizado coletivo”, encerra.

 

 

 

O projeto “Escolas Inovadoras” está sendo implementado pela Secretaria Municipal de Educação (SME), em parceria com a Fundação Telefônica/ Vivo, nas escolas da rede: Cisne Branco, Felisberto da Costa Nunes, Frei Pacífico, Jardim Outeiral, Jerônimo Porto, Presidente Getúlio Vargas, Santa Isabel e São Jorge. Na SME o projeto está sendo coordenado por Cleo Sörgen e assessorado por Carla Santanna, Cintia Kath, Jaice Hendler, Maria de Lourdes Bondan e Patrícia Santos.

 

 

 

Com o engajamento de todos os seus professores no projeto, o próximo passo para as nove escolas é fazer uma pesquisa junto aos seus alunos e comunidade escolar para trabalhar com as hipóteses dos seus desafios. A SME estará assessorando esta etapa do processo. Durante o encontro, os professores votaram para escolher o nome do projeto. Em breve a urna será aberta e o nome mais votado, revelado.

Troca de experiências

A troca de experiências durante o processo inovador é fundamental para que a escola conheça práticas que dão certo. A convite da Fundação Telefônica/ Vivo, embarcaram esta semana para São Paulo, para conhecerem um modelo inovador de educação, a diretora, a coordenadora pedagógica e o professor da EMEF Zeferino Lopes de Castro, Rosa Maria Stalivieri, Cristina Faria e Max Ribeiro, respectivamente. Eles foram conhecer a escola inovadora EMEF Presidente Campos Salles, que é conhecida por atuar além dos seus limites.

 

 

 

A EMEF Presidente Campos Salles existe há 59 anos e trabalha sob dois pilares há 20 anos: “A escola como Centro de Liderança” e “Tudo passa pela educação”. Em 2007, a direção e comunidade do bairro viam a necessidade de coibir o tráfico de drogas, que acontecia em praça próxima à escola. Com o apoio da Secretaria de Educação, o espaço da praça e arredores foram revitalizados e as grades que separavam a escola do entorno foram extintas. A inspiração veio a partir de uma metodologia de ensino da Escola da Ponte, de Portugal.

Foram ouvidos os estudantes, docentes, famílias, comunidade e lideranças comunitárias. O diretor da EMEF, Braz Nogueira, propôs a ideia de romper com a estrutura tradicional do currículo e da organização das salas de aula. A mudança foi radical, mas os ganhos teriam de ser construídos com a colaboração de todos. A primeira grande decisão foi derrubar as paredes das salas de aula. A cada três salas, formou-se um salão. As mesas deixaram de ser individuais e estudantes começaram a se organizar em grupos de seis. No lugar de um professor por matéria, os docentes começaram a compartilhar a gestão da sala de aula. Cada salão é acompanhado por três professores.

 

 

 

No lugar da aula expositiva, os estudantes passaram a receber roteiros de estudo, nos quais, desenvolvem percursos de aprendizagem individuais e em grupo sobre os mais diferentes campos do conhecimento. Embora existam atividades de matemática ou de português, ciências e história, existem roteiros interdisciplinares que têm por pressuposto o estímulo ao pensamento e investigação contextualizada do estudante. Cada salão reúne cerca de 100 alunos e nos grupos os estudantes buscam discutir suas dúvidas uns com os outros. Quando necessário, chamam o educador que irá auxiliar a atividade ou tema em aprendizagem. Os estudantes têm autonomia e podem escolher que atividade ou tema decidem estudar do roteiro e é comum que as crianças e adolescentes trabalhem juntos sobre um mesmo tema. Além da mudança curricular, a escola desenvolve variadas estratégias para valorizar a autonomia do estudante e a participação da comunidade no cotidiano da escola.

 

 

 

 

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