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O que deve ter no mundo da imaginação? Pensou? A diretora da EMEI Cisne Branco, Célia Rodrigues, pôs o pensamento na prática e criou, com a ajuda da equipe de professores e dos pais, um espaço voltado para aguçar a imaginação das crianças. O nome foi escolhido através de votação com a participação dos pais.

Célia conta que a ideia surgiu após a escola receber os inúmeros livros infantis, no início do ano letivo, da Secretaria de Educação. “Já havíamos ganho no final do ano passado os fantoches e, quando chegaram os livros novos, não dispúnhamos de espaço para deixar as obras ao alcance das crianças. Recebemos a ajuda da bibliotecária Luciane Tavares para a organização dos livros e a colaboração dos professores e dos pais. Inclusive a placa da biblioteca foi doada por uma mãe”, explica a diretora.

Além dos livros, o local terá espaço para teatro de fantoches, materiais educativos, cineminha e computadores. No ato, a diretora-geral de Educação, Márcia Culau, parabenizou a equipe da escola pela integração com a comunidade e anunciou que mais novidades estão por vir. "Educação não se faz só com a direção e os professores, educação também se faz com a presença da família", expressa a diretora-geral.

Célia ressalta que no espaço será desenvolvido também mais um projeto da escola, o Infância Conectada, quando a rede de internet, que está sendo licitada, for instalada. "Queremos a infância conectada no mundo da imaginação, com aprendizagem, desenvolvimento e crescimento dos alunos."

Na oportunidade, Márcia entregou também os kits pedagógicos e os jogos e brinquedos educativos para serem usados de forma coletiva em sala de aula. "Estamos instrumentalizando o trabalho dos professores e temos a certeza de que eles serão bem empregados no desenvolvimento dos nossos alunos. Isso é o que nos motiva", destaca a diretora-geral de Educação. Outra novidade anunciada por Márcia é a ampliação da escola. "Já encaminhamos o processo de ampliação da Cisne Branco para que no início do próximo ano letivo seja aumentado o número de vagas."

A assessora pedagógica de educação infantil, Karin Lucrécio, fala que a inauguração da biblioteca representa a caminhada que a escola vem percorrendo ao longo dos seus quase 25 anos. "O trabalho que vem sendo desenvolvido aqui, trazendo os pais para o convívio escolar, é muito importante para toda a vida escolar das crianças. Vocês estão de parabéns!"

Despertar

Após as falas oficiais, descerramento da placa e desenlace da fita, todos foram convidados a entrar "No Mundo da Imaginação". Lá dentro estava a Emília, personagem de Monteiro Lobato, no Sítio do Pica-Pau Amarelo, imóvel, como é um livro na prateleira. À medida que as pessoas foram entrando, Emília foi despertada, assim como é despertada a imaginação de uma criança quando folhea uma obra literária. Muito feliz com a presença dos pais e convidados, Emília ganhou vida e foi logo, de sala em sala, trazer para dentro do mundo da imaginação os seus novos amiguinhos e, juntos, contarem histórias.

Os pequeninos logo chegaram, com os olhos ávidos, querendo descobrir um novo mundo. Brinquedos, livros, o que interagir primeiro? Essa dúvida logo foi esclarecida pela mãe da Rihana, 3 anos, Cláudia Ortiz. "Desde que ela ainda estava no meu ventre eu já lia para ela. Hábito que se tornou rotina na hora de dormir. Todos os dias leio um livro para ela e Rihana interage com as ilustrações. Este espaço está lindo demais!" Cláudia foi quem confeccionou e doou a placa para a biblioteca e também ajudou na decoração da sala. Outra mãe que estava muito orgulhosa era Eliza Silva, que confia sua filha Rafaela, 5 anos, à educação da escola há três anos. "Minha filha adora ler. Ela olha as figuras e inventa os diálogos."

A bibliotecária Luciane fala que acompanhou a organização do espaço e orientou o arquivamento, que está sendo padronizado para toda a rede, pela forma das cores, a qual considera mais lúdica. A ideia dos bolsões transparentes, dispostos na altura das mãos das crianças, também foi sua. "Esta forma é mais lúdica e atraente aos olhos delas. Incentivar a leitura desde pequeno, é levar este hábito para toda a vida escolar e adulta. Quem lê, aguça a criatividade, sabe interpretar e dissertar", encerra Luciane.