A 10ª Conferência Municipal de Assistência Social reuniu cerca de 250 pessoas interessadas em planejar a Política de Assistência Social para a realidade da população Viamonense. Técnicos, usuários, estudantes e governo estiveram discutindo os quatro eixos propostos pelo Conselho Nacional de Assistência Social durante a tarde do dia 13 e os dois turnos desta sexta-feira, dia 14, no salão de eventos do Novo Lar.
Na abertura, o presidente do Conselho Municipal de Assistência Social (Cmas), Francisco de Assis Moreira, ressalta o cenário econômico atual e a alteração nos direitos trabalhistas. “Isso tudo vai ser refletido na política de assistência social e, com certeza, vai aumentar o número de usuários que precisam de assistência. Cerca de 27% da população economicamente ativa está fora do sistema contributivo. Ou estão desempregados ou exercem um trabalho informal”, explica. Para ele, as políticas públicas devem garantir recursos para a assistência social, sem discriminar os usuários, respeitando as diferenças.
Para a secretária de Cidadania e Assistência Social, Maria Rita Cardozo, a Conferência tem por objetivo fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e discutir políticas públicas para os mais necessitados. “Temos que tirar o mito de que a assistência social não é uma política de assistencialismo e sim uma obrigação do governo. Temos que discutir políticas para facilitar o acesso, para acolher, para cuidar. As pessoas têm que saber os seus direitos e os profissionais têm que trabalhar o empoderamento e o fortalecimento de vínculos dos usuários que estão passando por uma situação vulnerável. O ser humano nasceu para brilhar e não para passar fome”, encerra Maria Rita.
O Grupo de Voluntariado do Colégio Marista Graças auxiliou nas dinâmicas, fez a leitura do Regimento Interno da Conferência, organizou as inscrições e também participou dos debates nos eixos temáticos. Os eixos foram discutidos previamente nos seminários preparatórios, que aconteceram por região no período de 13 de junho a 4 de julho.
A abertura também contou com a participação do grupo de dança Ilhas de Encanto, do Instituto Estadual Isabel de Espanha, que trouxeram a cultura açoriana através das danças tradicionais das nove ilhas que compõem Açores e convidaram o público para bailar. O grupo de dança Novo Lar também realizou apresentação de street dance, ritmo que engloba vários estilos de dança. O termo surgiu para identificar os estilos de dança que surgiram nos guetos e centros urbanos.
A assistente social e doutora em serviço social, Rosa Maria Fernandes, falou sobre a importância do acolhimento das pessoas que estão em situação vulnerável. “O trabalho do assistente social é imprescindível para o empoderamento desses usuários e encaminhamento para a garantia dos seus direitos e para o resgate de suas vidas”, explica.