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SET
24
24 SET 2013
Parceria inédita possibilitará Inclusão Digital nas comunidades Quilombolas de Viamão
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Na tarde do dia 19 de setembro, a Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social (SMCAS), Belamar Pinheiro, o assistente social, Jair Angelos, juntamente com demais funcionários da SMCAS, visitaram a Unisinos, em São Leopoldo, para acompanhar o Projeto de Inclusão Digital, dirigido ás Comunidades Tradicionais Quilombolas de Viamão. O Projeto é uma parceria entre o Departamento de Cidadania e Direitos Humanos (DCDH), da SMCAS, o Núcleo de estudos afro-brasileiros e indígenas (NEABI), da Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos) e o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), do Instituto Marista Graças. A visita faz parte de umas etapas do projeto que é acompanhar e avaliar o projeto. A visita foi acompanhada pelo professor do NEABI-Unisinos, Cristiano Silveira.

O projeto pretende contemplar pessoas que residem nos quilombos com cursos profissionalizantes de informática de curta duração e, também, implantar um centro de inclusão digital dentro dos quilombos. Nesta primeira etapa foram contemplados quatro participantes - Igor Rodrigues Oliveira, Daiane de Abreu Lopes, Paulo Ricardo Gomes da Rosa e Igor Lopes Bueno - que representam o Quilombo Gomes e Silva e Quilombo Peixoto dos Botinhas.

 

Saiba mais sobre o Projeto

A iniciativa do projeto foi do assistente social, Jair Angelos, funcionário do DCDH, da SMCAS, que iniciou a articulação no mês de julho, através de reuniões, para elaborar e sistematizar as atribuições de cada setor envolvido. Ficou acordado que a Unisinos executaria o curso profissionalizante de informática, o CRC iria disponibilizar os computadores para implantação do centro de inclusão digital e, a Secretaria Municipal de Transporte e Transito (SMTT), em conjunto com a SMCAS, disponibilizaria um carro com motorista para o deslocamento dos quilombolas até a Unisinos e, por último, os setores de Direitos Humanos e Departamento de Assistência Social, da SMCAS, que fariam o acompanhamento das famílias/alunos beneficiados e, também, a avaliação do projeto.

Conforme Jair Angelos, o objetivo do projeto é possibilitar a integração e a socialização dos quilombolas em um espaço universitário, incentivar e fornecer redes sociais comunitárias de inclusão digital, propiciar a formação e qualificação profissional e fortalecer as relações étnicas raciais, além de viabilizar a formação de multiplicadores em conhecimento na área de informática dentro dos quilombos. Jair falou sobre a felicidade de ver o seu projeto se concretizando. “A realização só foi possível graças ao compromisso dos setores envolvidos, que estiveram dispostos a colaborar para o reconhecimento dos quilombolas como cidadãos de direitos, promovendo a igualdade de oportunidades para a população afro-brasileira”, destacou Jair.

A Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social, Belamar Pinheiro, falou sobre a importância do projeto: “as comunidades quilombolas, são localidades de difícil acesso, por esta razão, o governo deve possibilitar a inclusão digital e social dessas comunidades. Estamos muito satisfeitos com o resultado do projeto. Os esforços somados entre o Governo Municipal, o NEAB - Unisinos e o CRC - Instituto Marista Graças, possibilitou, não    apenas a inclusão digital, mas a inclusão social dos moradores, possibilitando, também, o desenvolvimento educacional e profissional, melhorando a qualidade de vida das famílias que residem nessas áreas”.

Cristiano Silveira, que dá aulas para a turma, tem expectativa de em breve ter novos alunos no projeto. “Esse é só o primeiro grupo, depois vamos formar outras turmas e no dia 20 de novembro, pretendemos entregar os certificados aos alunos em uma solenidade nos quilombos”, afirma.

 

Comunidades quilombolas de Viamão

O município de Viamão possui duas comunidades de quilombolas - uma na região das Lombas e outro no Passo dos Negros - ambos estão localizados na zona rural de Viamão. Atualmente, o Quilombo Peixotos dos Botinhas é formado por 57 famílias e, o Quilombo Gomes e Silva é composto por 27 famílias.  No total, são 364 quilombolas que residem numa região de difícil acesso.

 

 

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