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ABR
22
22 ABR 2019
EDUCAÇÃO
Aqui a inclusão acontece na prática!
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Acolher significa receber, abrigar, abraçar... Como isso é bom! Como é gostoso chegar em um lugar e se sentir em casa, de tão bem recebido que foi. Isso acontece diariamente nas escolas da rede municipal de Viamão. O aluno é visto na sua integralidade, com suas diferenças e potencialidades respeitadas. O estudante com necessidade especial é tratado de forma igual, mas estimulado de diferentes formas a modo de compreender e aprender, ter autonomia e se socializar.

Pré conceito com a escola pública

Jean Vitor sempre foi sempre foi uma criança agitada e cheia de vida. Frequentou creche até entrar para o ensino fundamental, conta Fernanda Silva da Silva, mãe do menino. “Foi aí que os problemas começaram. Foram dois anos muito difíceis... Por não se enquadrar nos critérios de uma escola particular, ele era tratado de forma diferente pelos seus colegas, professores e direção. Por solicitação da escola, levamos ele no psiquiatra e neurologista e recebemos o diagnóstico de TDH e compreendemos todo o sofrimento que ele vinha passando. Ele recebeu medicação para uso diário e entregamos o laudo na escola para que ele pudesse ter um suporte no seu aprendizado, só que isso não aconteceu”, lamenta Fernanda Silva da Silva, mãe de Jean Vitor do Amaral, hoje com 10 anos.

Mas agora Fernanda e Jean viraram a página e estão escrevendo um novo capítulo. Fernanda deixou de lado o seu pré conceito com o ensino público e foi visitar a EMEF Dom Diogo de Souza, bem próxima à sua residência. No dia 2 de abril Jean Vitor iniciou uma nova caminhada, numa escola pública, onde os dois se sentem incluídos e acolhidos. “Está sendo muito legal ver a alegria dele de estar sendo compreendido numa escola. Ele nunca conseguia terminar uma tarefa. Começava numa folha e parava na metade. Todo pai e mãe quer o melhor para seu filho. Saber se ele está sendo compreendido, acolhido, para que consiga crescer, ter um futuro, uma profissão. Para isso é necessário procurar uma escola onde tenham pessoas preparadas para trabalhar a dificuldade dele”, explica Fernanda. “É um sentimento de alegria. Estou muito feliz que ele está no caminho certo. Agora me sinto mais segura!”, finaliza a mãe.

Inclusão de verdade

A diretora da EMEF Dom Diogo de Souza, Márcia Roldão, conta que é professora de Educação Especial e que pouco se viu práticas pelo Estado afora, como acontece em Viamão. “Aqui a inclusão acontece na prática! Ele tem a possibilidade de sonhar com um mundo diferente e ser incluído. Porque incluir é isso. É levar em conta as necessidades da cada um, as dificuldades físicas, motoras, sociais, morais, psicológicas, etc. Incluir não é ter pena, ser superprotetor, exigir menos, deixar de lado, fingir que não viu. Incluir é se colocar no lugar do outro é reconhecê-lo como alguém capaz. É compreender que, apesar das diferenças, somos todos iguais em direitos e deveres. Incluir é respeitar, é desejar o bem, é saber conviver, é querer conviver.” Márcia conclui falando que “não é a criança que se adapta a escola, mas sim a escola que deve se transformar para melhor atendê-la.” 

Apaixonada pelo que faz, a professora da Sala de Recursos, Ana Margareti Oliveira, fala que o aluno com necessidade especial te ensina a ver o mundo de outra forma. “Trabalhamos dando suporte em sala de aula com o ensino estruturado e, uma vez por semana, o aluno vem para a Sala de Recursos e a gente propõe um trabalho diferenciado, facilitando o seu aprendizado.” Ana ressalta que o projeto do xadrez, há três anos desenvolvido na escola para todas as turmas, desde a educação infantil, veio ampliar a possibilidade da inclusão. “As peças são diferentes, mas todas trabalham juntas para que o xeque-mate aconteça. Assim é nosso trabalho na escola: todos trabalham para que o aluno tenha aprendizagem. Todos os colaboradores, desde o porteiro, estão inteirados e têm o olhar diferente para o aluno com necessidade especial, mas respeitam suas especificidades. Aqui, respiramos inclusão”, encerra.

Viamão é referência estadual

De acordo com a coordenadora do Setor de Educação Especial/ Núcleo de Políticas Inclusivas, Maria Helena dos Santos, em 2019 a rede municipal atende a cerca de 220 crianças diagnosticadas com TDH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. O trabalho da equipe iniciou há 11 anos e hoje Viamão é referência estadual em educação inclusiva.

Eram três Salas de Recursos nas EMEFs Brasília, Frederico Dihl e Lauro Pereira Rodrigues. Hoje, são 24 Salas de Recursos abrangendo os alunos das 62 escolas da rede. Desde o ano passado, o município conta também com estagiários de apoio para acompanhar os alunos com capacidade reduzida. “É uma evolução muito positiva. Cada ano é uma conquista. Fazemos um trabalho de formiguinha, da construção da vida de cada criança, em conjunto com os pais. Trabalhamos a sua autonomia, a sociabilidade e o aprendizado dos conteúdos do currículo adaptado. A participação da família é fundamental para a continuidade do aprendizado em casa”, finaliza Maria Helena.

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