Hoje seria um dia de encontro explicativo sobre o estoma e os cuidados com a bolsa de ostomia. Mas não foi. Ontem (24/05), a enfermeira Marisa Pinheiro, que cuida dos pacientes ostomizados desde 2007, estava de aniversário. E, hoje, 25, os pacientes realizaram uma confraternização para Mariza. “Nossa, a Marisa para mim é tudo! Ela me orientou sobre os cuidados com a bolsa e eu hoje tenho uma vida normal”, ressalta Hilda Silveira, 69 anos.
Uma vez ao mês, todos os pacientes que estão cadastrados na Secretaria da Saúde para receber a bolsa de ostomia, são convidados para um encontro mensal, que acontece numa sexta-feira. O próximo, será dia 22 de junho, às 14 horas, no Centro de Especialidades (parada 44, São Lucas). Nesses encontros, a enfermeira Marisa convida um outro profissional para palestrar a respeito da saúde. Já participaram médicos, enfermeiros e nutricionistas.
Dona Hilda está bem otimista com a sua recuperação e estima que no próximo ano ela possa retirar de vez a bolsa. Há três anos e meio, quase a mesma época em que ela perdeu seu esposo, ela teve um câncer de intestino. Fez uma cirurgia e terá de usar a bolsa, segundo ela, até cicatrizar uma inflamação. Mas, dona Hilda não se entrega e realiza todas as tarefas de casa, viaja, passeia e cuida sozinha do seu estoma.
Maria de Fátima Liscano, 59 anos, teve câncer de bexiga e útero e hoje usa bolsa para urina. Ela fala que nasceu novamente. “Foi tudo muito rápido. Emagreci muito de uma hora para outra. Ficava muito cansada e quando procurei o médico, foi diagnosticado o câncer. Estava muito fraca e fiz a cirurgia. Fiquei dois meses internada para conseguir me restabelecer”, conta. Logo que saiu do hospital, Maria de Fátima procurou a Secretaria da Saúde e entrou no grupo. Ela leva uma vida normal, sabe cuidar do estoma sozinha, mas só não pode fazer esforço.
Luis Carlos Gonçalves, 65 anos, convive há três anos com a bolsa de ostomia. Gonçalves conta que demorou um ano para ingressar no grupo. “Eu tinha sempre uma desculpa para dar a mim mesmo para não participar. Mas aí vim a primeira vez e gostei. Agora venho sempre. Antes era minha esposa que trocava a bolsa, agora aprendi e eu mesmo faço isso. Hoje levo uma vida normal. Como, bebo, durmo e faço tudo mais”, finaliza.
O secretário de Saúde, Luis Augusto Carvalho, participou da confraternização e falou que o objetivo dos encontros é qualificar os pacientes com o próprio cuidado, melhorando, assim a sua qualidade de vida. “Mas hoje estamos aqui para homenagear nossa querida Marisa, que trata todos vocês com muita dedicação e carinho”, encerra.