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“O Programa Primeira Infância Melhor não é só orientar e acompanhar as famílias, é o cuidado, o carinho e o amor” Enfermeira Michele Galvão.

Desde que o Programa Primeira Infância Melhor (PIM) foi implantado no município, em 2013, diversas crianças foram atendidas pelos visitadores. De lá para cá, Viamão se tornou referência no Rio Grande do Sul. O município já recebeu pesquisadores do Canadá, interessados em aplicar a metodologia em seu país.

Nesta semana, não foi diferente. Pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas estiveram presentes em mais uma das visitas do PIM. O programa vai ser objeto de estudo da FGV, onde a metodologia será estudada e documentada. Uma avaliação experimental será orientada e acompanhada pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e do Centro de Microeconomia Aplicada (C-Micro) e direção do Centro FGV EESP CLEAR - Centro Regional para Aprendizagem em Avaliação e Resultados para o Brasil e África Lusófona da mesma instituição.

Estiveram acompanhando o trabalho, a pesquisadora da FGV, Juliana Camargo, a enfermeira e coordenadora do Programa Primeira Infância Melhor, Michele Galvão, além dos visitadores do PIM. Eles tiveram a oportunidade de acompanhar e interagir na visita ao Cauã, de três anos. Para a pesquisadora Juliana, a primeira impressão é positiva: “Já podemos perceber a tranquilidade e a confiança com que as famílias recebem os visitadores. É impressionante a interação e a desenvoltura do pequeno Cauã.”

“Hoje, em Viamão, temos 34 visitadores do PIM e um total de 400 famílias em acompanhamento. O projeto atua na região das Augustas, isso porque a região tem um maior índice de vulnerabilidade social. E, logo, o programa vai ser ampliado para a região da Monte Alegre. Futuramente o desejo é de expandir para as demais regiões da cidade”, anuncia o secretário de Sáude, Luis Augusto Carvalho.

Material alternativo

Uma das especificidades do Programa é que as visitadoras trabalhem com material alternativo e recursos que as famílias possam ter acesso. Ou seja, qualquer objeto pode ser transformado num brinquedo lúdico, colaborando nesse processo.

Modalidades de atendimento

As atividades desenvolvidas pelos visitadores envolvem visitas domiciliares às famílias e atendimento em grupos, denominadas de Modalidades de Atenção. O atendimento às famílias com crianças de 0 a 3 anos e gestantes são modalidades de atenção individual e ocorre nas próprias residências das famílias. As visitas às famílias são semanais e duram, em média, 1 hora.

Estes atendimentos ocorrem através de jogos, atividades lúdicas e educativas, planejadas pelos visitadores, sob a orientação dos monitores e apoio técnico do Grupo Técnico Municipal. As atividades variam conforme a faixa etária das crianças. Essas visitas utilizam como material de referência o “Guia de Orientação do PIM”.

Já o atendimento às famílias com gestantes e com crianças de 4 a 6 anos são modalidades de atenção grupal, utilizando a Unidade Básica de Saúde da Augusta Meneguine como espaço para essas atividades. Para as gestantes, ocorre através de encontros orientados em conjunto com os visitadores, monitores do PIM, agentes comunitários de saúde e a coordenadora da Unidade Básica de Saúde da Augusta Meneguine, Enfermeira Anelise Kern.

O grupo de gestantes reúne-se quinzenalmente, sempre nas quintas-feiras à tarde, nas dependências da UBS e aborda assuntos como: importância do pré-natal, modificações durante a gravidez, sinais de perigo, cuidados iniciais com o recém-nascido, técnica de banho, aleitamento materno, aspectos psicológicos durante a gestação e preparação para o parto. No final de cada encontro, as futuras mamães recebem brindes para os seus bebês.