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JUL
12
12 JUL 2017
EDUCAÇÃO
Tecnologia aliada à sustentabilidade para uma vida mais saudável
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Quem disse que cuidar do planeta é só assunto de gente grande. Em Viamão, essa abordagem, com construção de soluções acontece desde a educação infantil. São mais de 60 problemáticas e soluções simples, aliadas ou não à tecnologia. A diferença realmente está na união dos estudantes ao propor a diferença numa comunidade. Os problemas e as soluções encontradas puderam ser conferidos na III Mostra Municipal de Ciências, que aconteceu nos dias 11 e 12 de julho, no Novo Lar.

Cada uma das 62 escolas da rede municipal e mais o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, o Novo Lar, a Emater, a Fundação Vera Chaves Barcellos, as secretarias municipais de Agricultura e Abastecimento, Meio Ambiente, Saúde e Cultura estiveram presentes divulgando seus projetos sustentáveis. Os trabalhos representativos de cada escola foram selecionados nas Feiras de Ciências e os autores explicaram os seus projetos.

Uns se preocuparam com a utilização de 100% das frutas e legumes, aproveitando as cascas. Outros se preocupam em produzir hortas a partir de materiais reciclados, bem como confecções de brinquedos e jogos com lixo seco. Captação de energia renovável, sistema espacial, mostra de arte das escolas Aurora (inovadoras), entre outras experiências.

Paralelamente, os visitantes da Mostra puderam assistir a dois espetáculos infantis: “João Jiló”, do Grupo Teatro Ideia Ação (TIA); e “Cante com Peixonauta”, com os personagens da série – Peixonauta, Marina e Zico. O secretário de Educação, Carlos Bennech, ressaltou que a Mostra é o resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido nas escolas. “A educação hoje tem a premissa de propor mudanças na comunidade e renovar os conceitos com relação aos cuidados ambientais. Os projetos propostos pelos estudantes estão avançando os muros das escolas e ganhando os pátios das residências e isso é muito gratificante para nós”, explica Bennech.

O prefeito, André Pacheco, fez questão de visitar os estandes e ficou muito satisfeito com o que viu. “Estamos plantando a sementinha para uma sociedade mais consciente com o meio ambiente no futuro. Os estudantes de hoje, constituirão famílias amanhã e esses conceitos que estão aprendendo garantirão a sustentabilidade da nossa cidade, do nosso Estado e do nosso país”, conclui Pacheco.

Escola Sustentável

         Escola Sustentável é o projeto da EMEF Dom Diogo de Souza, localizada no Valença, que ganhou recurso do FNDE/MEC para a sua implementação. De acordo com a diretora, Márcia Roldão, o projeto é desenvolvido com estudantes do Jardim ao 9º ano, e consiste em cultivar alimentos para ser consumido na merenda escolar. “Com o recurso, foram adquiridos terra, mudas, ferramentas para arar a terra, entre outros itens. A partir daí, construímos uma horta vertical e os estudantes e professores verificaram que poderiam fazer mais”, conta Márcia.

O professor Luciano Silva está à frente das hortas e levou a turma do 9º ano para conhecer o Galpão de Reciclagem e ver que tudo que é lixo pode ser transformado em dinheiro, ou ganhar uma nova função. Isso vale para lixo seco, móveis, eletrodomésticos, pneus, eletroeletrônicos, entre outros. “Praticamente nossa horta é formada a partir da garrafas PET e pneus”, complemente Silva.

Márcia ressalta que o projeto está crescendo e que para a Festa Junina dos alunos, que será realizada na próxima sexta-feira, dia 14, os estudantes propuseram uma gincana e a festa foi denominada de Arraial Sustentável. Entre as tarefas que valiam pontos, estava a arrecadação de lixo seco, lixo eletrônico, pilhas, pneus e novas mudas de hortaliças. Com isso, os alunos estão contribuindo com o planeta. Foram arrecadados 109 pneus, 191 sacolas de lixo seco, 1903 pilhas e 599 novas mudas, que serão plantadas, cultivadas, maturadas e, depois, irão para o prato dos estudantes.

Para o próximo semestre, a diretora vai avançar no projeto de sustentabilidade e os alunos construirão uma composteira para gerar adubo para a horta. “Também instalaremos uma cisterna para captar a água da chuva e regar as plantinhas, além de iniciarmos nosso pomar.” O professor Silva destaca que sua turma ajudou os alunos do Jardim 2A a fazerem a sua hortinha e a construírem uma mini composteira. Esse projeto foi levado à Mostra de Ciências e Luis Henrique Minhos, 5 anos, foi quem apresentou para o público. “Para a plantinha crescer, precisa de muita água, mas nós também temos que nos proteger do mosquito da dengue. Então colocamos uma garrafa PET dentro da outra para que a planta recebesse água, mas não chamasse o mosquito”, explica Luis Henrique.

“Também estamos inseridos no projeto de hortas escolares do Instituto Federal e a partir de agosto teremos uma capacitação para repassar os conhecimentos à comunidade para que ela também construa suas hortas”, encerra Silva. Os estudantes da turma 91, Leonardo e Gabriel Ramirez, irmãos, já ajudam o pai com o plantio de milho e hortaliças e também serão monitores no projeto comunitário.

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