Na plenitude dos seus 87 anos, Waldir Rodrigues, natural da Estância Grande, em Viamão, recebe homenagem do Departamento de Memória da Secretaria Municipal de Cultura. De acordo com o historiador Francisco Bittencourt, “Waldir é um cidadão referencial quando se trata da história de Viamão”. Rodrigues nasceu em casa, com o auxilio da parteira Isabel Bastos.
Waldir passou a infância na Estância Grande, na fazenda Santa Clotilde, até os 13 anos de idade. Estudou do 1º até o 6º ano na casa da professora Edith Maria, filha do professor Tolentino Maia, fundador e primeiro diretor da Escola Setembrina. Depois, concluiu seus estudos em Porto Alegre, com os lassistas, na Igreja de São João. Lá aprendeu a trabalhar com produtos químicos. Depois de 1953, Waldir decidiu cursar Mecânica Hidráulica, profissão que executa até hoje, como terapia.
Memórias de Viamão
Nas suas lembranças, Waldir recorda do antigo prédio do Império que existia ao lado da Igreja Matriz. Segundo ele, em 1929, ano do seu nascimento, o império já havia desmoronado, mas lembra das ruínas.
As festas de Viamão também são lembradas. Ele diz que existia além da Festa do Divino e da Nossa Senhora da Conceição, a Festa dos Brancos, no Dia 08 de Dezembro , e a da Nossa Senhora do Rosário, no dia 24 de dezembro, que era a festa dos Negros, separadas.
Waldir Músico
Waldir Rodrigues também é uma grande expressão musical de Viamão e do Rio Grande do Sul. Começou a tocar uma gaita de oito baixos aos 12 anos de Idade. Depois em 1945, comprou uma gaita piano, e fundou um conjunto de jazz em Viamão, o Jazz Gaúcho.
Waldir Historiador
Por volta de 1947, Waldir começou outra paixão de sua vida, a pesquisa histórica. Ele considera-se, um "pesquisador amador", mas acumulou um grande conhecimento ao longo todos esses anos de pesquisa, no arquivo público e no museu Júlio de Castilhos, buscando cópias de documentos históricos de Viamão. "Waldir Rodrigues, viamonense, músico e historiador, apaixonado pela sua terra, é um homen que leva a cultura gaúcha através da música regional, a todo o estado, pelo país, como também se destaca como fonte obrigatória para todos que pretendem estudar e conhecer Viamão", encerra Francisco Bittencourt.